Imersão e compensação são as técnicas básicas necessárias para iniciar a prática do Mergulho Livre.
Além destas técnicas, o mergulhador deve ter conhecimento sobre a fisiologia do mergulho, em especial perceber como funciona o reflexo de imersão.
Técnicas de Imersão
A imersão é a técnica realizada no início de um mergulho, que leva o mergulhador desde a superfície até estar completamente submerso, tendo como objectivo principal vencer a impulsão da água, preparando o corpo para uma posição hidrodinâmica para o mergulho, utilizando o minímo gasto de energia.
As técnicas de imersão mais conhecidas são as seguintes:
- Golpe de Pato: utilização do centro de massa do corpo.
- Imersão Livre: puxar por um cabo suspenso (preso à superfície com um lastro no fundo)*.
- Sputnik: utilização de um lastro extra (preso a um cabo à superfície)**.
*Na imersão livre, o peso mínimo do lastro do fundo recomendado é de 15Kgs.
**No sputnik, o peso máximo do lastro do sputnik recomendado é de 5 Kgs.
Técnicas de Compensação
A compensação é a técnica utilizada durante a descida para compensar o aumento da pressão com a profundidade, tendo como objectivo principal compensar a redução do volume do ar nos espaços aéreos internos não colapsáveis, tais como o ouvido interno e seios paranasais.
As técnicas de compensação mais conhecidas são as seguintes:
As técnicas de compensação mais conhecidas são as seguintes:
- Valsava: compensação dos ouvidos utilizando o ar dos pulmões.
- Frenzel + Mouthfill: compensação dos ouvidos utilizando apenas o ar da boca.
- BTV: compensação dos ouvidos utilizando os músculos do tubo de eustáquio.
- Noseclip: permite compensar sem utilizar as mãos.
- Fluid Googles: substitui o óculo de mergulho e pode ser usado com o noseclip.
- Ear Plugs (ventilados): facilita a compensação e protege os ouvidos do frio.
O Reflexo de Imersão
O reflexo de imersão (mammalian diving reflex) é um reflexo que os mamíferos possuem, incluindo o ser humano, que optimiza o processo de respiração quando em contacto com a água fria (inferior a 21ºC).
Este reflexo permite conservar oxigénio e preparar o organismo para mergulhos mais fundos. As suas principais características são as seguintes:
O reflexo de imersão (mammalian diving reflex) é um reflexo que os mamíferos possuem, incluindo o ser humano, que optimiza o processo de respiração quando em contacto com a água fria (inferior a 21ºC).
Este reflexo permite conservar oxigénio e preparar o organismo para mergulhos mais fundos. As suas principais características são as seguintes:
- Vasoconstrição Periférica: diminuição da corrente sanguínea nas extremidades.
- Bradicardia: diminuição do batimento cardíaco.
- Compensação Sanguínea (Bloodshift): aumento de plasma sanguíneo na cavidade torácica.
Observações:
Pratica o golpe de pato até sentires que não gastas energia praticamente nenhuma para submergir. Vais sentir que desta forma estarás preparado para mergulhar mais fundo.
Utiliza a imersão livre para mergulhares de forma relaxada e controlada. É a técnica ideal para atingir novas profundidades e experimentares as várias técnicas de compensação.
Podes também utilizar o sputnik para atingires novas profundidades, mas tem cuidado pois, apesar de não gastares tanta energia como na imersão livre, ficas com muito menos controlo em relação à velocidade de descida, o que pode ser perigoso se a compensação falhar.
A Valsava é a técnica de compensação mais fácil de aprender mas tem alguns inconvenientes a partir de determinadas profundidades, a partir das quais se torna mesmo impossível compensar através desta técnica. A profundidade limite é atingida quando o volume de ar dos nossos pulmões atinge o volume residual (geralmente entre os 20-30m de profundidade dependendo das características físicas de cada indivíduo). A partir daí não é possível retirar mais ar dos pulmões para compensar.
É preferível investires na aprendizagem da técnica de compensação Frenzel, pois esta técnica, apesar de ser um pouco mais difícil de apreender, é muito mais eficiente e segura, pois não envolve a diminuição do volume de ar na caixa torácica durante o mergulho, bastando utilizar o ar existente na boa.
A BTV, conhecida também por compensação sem mãos, é a mais difícil de aprender, pois segundo alguns estudos esta técnica pode depender de certas características anatómicas que só uma parte da população possui. Mas vale a pena tentar pois as vantagens são significativas, sendo a técnica onde se gasta menos energia.
Em relação ao reflexo de imersão, é importante salientar que é devido a este fenómeno biológico que podemos mergulhar durante mais tempo e mais fundo do que o esperado. Este reflexo traduz-se num conjunto de adaptações espontâneas do nosso organismo com o objectivo de conservar energia e preparar os pulmões para o aumento de pressão.
Dedica algum tempo a desenvolver estas técnicas até te sentires confortável com elas, depois vais ver que torna-se automático a execução da imersão e compensação. Estarás então preparado para explorar novas profundidades.
Informações adicionais:
Utiliza a imersão livre para mergulhares de forma relaxada e controlada. É a técnica ideal para atingir novas profundidades e experimentares as várias técnicas de compensação.
Podes também utilizar o sputnik para atingires novas profundidades, mas tem cuidado pois, apesar de não gastares tanta energia como na imersão livre, ficas com muito menos controlo em relação à velocidade de descida, o que pode ser perigoso se a compensação falhar.
A Valsava é a técnica de compensação mais fácil de aprender mas tem alguns inconvenientes a partir de determinadas profundidades, a partir das quais se torna mesmo impossível compensar através desta técnica. A profundidade limite é atingida quando o volume de ar dos nossos pulmões atinge o volume residual (geralmente entre os 20-30m de profundidade dependendo das características físicas de cada indivíduo). A partir daí não é possível retirar mais ar dos pulmões para compensar.
É preferível investires na aprendizagem da técnica de compensação Frenzel, pois esta técnica, apesar de ser um pouco mais difícil de apreender, é muito mais eficiente e segura, pois não envolve a diminuição do volume de ar na caixa torácica durante o mergulho, bastando utilizar o ar existente na boa.
A BTV, conhecida também por compensação sem mãos, é a mais difícil de aprender, pois segundo alguns estudos esta técnica pode depender de certas características anatómicas que só uma parte da população possui. Mas vale a pena tentar pois as vantagens são significativas, sendo a técnica onde se gasta menos energia.
Em relação ao reflexo de imersão, é importante salientar que é devido a este fenómeno biológico que podemos mergulhar durante mais tempo e mais fundo do que o esperado. Este reflexo traduz-se num conjunto de adaptações espontâneas do nosso organismo com o objectivo de conservar energia e preparar os pulmões para o aumento de pressão.
Dedica algum tempo a desenvolver estas técnicas até te sentires confortável com elas, depois vais ver que torna-se automático a execução da imersão e compensação. Estarás então preparado para explorar novas profundidades.
João Costa
Informações adicionais: